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VIVÊNCIAS

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Vivência com Ayahuasca

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Foto por Alex Ribeiro, 2024.

Origem e uso 

A relatos do uso da Ayahuasca na bacia Amazônica remontam à Pré-história. 

Não é possível afirmar quando tal prática teve origem, no entanto, há evidências arqueológicas através de potes, desenhos que levam a crer que o uso de plantas psicoativas ocorra desde 2.000 a.C.

 

A Ayahuasca é conhecida em diferentes culturas pelos seguintes nomes: yajé, caapi, nixi pae, natema, pindé, kahi, mihi, dápa, bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of the soul e a transliteração para a língua portuguesa resultou em hoasca. Também é conhecida amplamente no Brasil como “chá do Santo Daime”

ou “vegetal”. Na linguagem Quechua, aya significa espírito ou ancestral, e huasca significa vinho ou chá (Luna & Amaringo, 1991; Grob et al., 1996).

 

Preparada por meio da cocção de duas plantas: um cipó conhecido como Banisteriopis Caapi (jagube) (Figura 2) e folhas de um arbusto chamado Psychotria viridis (chacrona) (Figura 1), que têm em sua composição uma substância chamada dimetiltriptamina, ou DMT, com princípio psicoativo, o termo ayahuasca é usado para designar a bebida resultante da decocção destas duas plantas combinadas.

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Foto por Getty Images, 2024.

Valor Cultural e Antropológico 

De valor histórico, social e antropológico, há relatos de seu uso em toda a Amazônia Ocidental, chegando à costa do Pacífico no Peru, Colômbia e Equador, bem como na costa do Panamá, sendo identificadas 72 comunidades indígenas de diversas etnias que faziam uso da ayahuasca.

Considerada como uma bebida mágica, que por vezes é compreendida como sendo o próprio ser divino, que “facilita o desprendimento da alma de seu confinamento corpóreo para receber conhecimentos sagrados acessados através de visões que se relacionam aos propósitos de cura física, mental e espiritual, além de forte conexão com a vida e a natureza. 

Valor Científico 

 

Estudos científicos rigorosos tem sido feitos por diversos pesquisadores,  destaca-se recentemente uma investigação realizada pela Universidade Complutense de Madri, na Espanha, e publicado na revista científica Translational Psychiatry, da Nature Research, em que mostrou que o DMT promove não apenas a formação de novos neurônios, mas também a de outras células neurais, que têm importantes funções no funcionamento do sistema nervoso.

 

A pesquisa, realizada com camundongos, mostrou ainda que a estimulação neurogênica observada após o tratamento com DMT está relacionada a uma melhora no aprendizado espacial e tarefas de memória in vivo. “Nas doenças neurodegenerativas, é a morte de certos tipos de neurônios que causam os sintomas de patologias como Alzheimer e Parkinson. Embora os humanos tenham a capacidade de gerar novas células neuronais, isso depende de vários fatores e nem sempre é possível”, diz o estudo.

Por isso, de acordo com José Ángel Morales, pesquisador do Departamento de Biologia Celular da Universidade Complutense, “a capacidade da dimetiltriptamina de modular a plasticidade cerebral sugere que ela seja uma substância com grande potencial terapêutico para o tratamento de doenças psiquiátricas e neurológicas, incluindo doenças neurodegenerativas”.

Fontes: 

NARBY, Jeremy. A serpente cósmica : o DNA e as origens do saber. Rio de Janeiro : Dantes,2018.

https://institutophaneros.org.br/tag/ayahuasca/

https://institutophaneros.org.br/o-poder-dos-ritos/

https://institutophaneros.org.br/ate-quando-e-ruim-a-ayahuasca-pode-fazer-bem/

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/11/23/substancia-presente-em-cha-de-ayahuasca-estimula-formacao-de-neuronios.htm

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